Senado dos EUA ficará em sessão até atingir acordo

Os líderes do Senado dos EUA anunciaram que a Casa ficará em sessão até que um acordo sobre como elevar o teto da dívida pública seja alcançado, à medida que os formuladores de políticas públicas continuam a enfrentar um prazo final iminente para aumentar o limite para tomada de empréstimos em pouco mais de duas semanas. O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, ameaçou no passado manter os formuladores de políticas públicas em Washington nos fins de semana quando a maioria viaja de volta aos seus Estados de origem, mas raramente cumpriu a ameaça. No entanto, o anúncio de Reid nesta segunda-feira foi rapidamente aprovado pelo líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, que disse: "precisamos ficar todos os dias, até resolver essa crise que o nosso país enfrenta".

O teto da dívida deve ser elevado pelo Congresso até o dia 2 de agosto, caso contrário o Tesouro não conseguirá cumprir todas as suas obrigações, incluindo a capacidade de pagar o serviço da dívida. Reid disse que, em uma reunião com os democratas do Senado na semana passada, o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, alertou que a falta de acordo para aumentar o limite da dívida até ao prazo final provocará uma crise parecida com a registrada em 2008.

As negociações entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e líderes congressistas parecem ter sido interrompidas, sem reuniões agendadas nesta semana depois que o grupo se reuniu todo os dias na semana passada. Uma rodada de negociações anterior, liderada pelo vice-presidente Joe Biden, também não resultou num acordo.

Os líderes da Câmara dos Representantes esperam submeter à votação nesta semana um plano proposto pelos republicanos para aumentar o teto da dívida do país, reduzir os gastos e limitar gastos futuros. A proposta deverá receber aprovação da Câmara, controlada pelos republicanos, mas pode não passar pelo Senado, controlado pelos democratas, onde a votação deverá ocorrer provavelmente nesta semana.

A Casa Branca ameaçou nesta segunda-feira (18) vetar a proposta, que elevaria o teto da dívida em US$ 2,4 bilhões e cortaria os gastos em um montante equivalente. O plano também limitaria gastos futuros a 18% do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA. E o aumento do teto da dívida seria ligado a uma aprovação do Congresso a uma emenda constitucional que exija um orçamento federal equilibrado. As informações são da Dow Jones.

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