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Petroleiros suspendem greve após pedido da Federação

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) defendeu quinta-feira (31), a paralisação da categoria contra a política de reajuste de preços da Petrobras e pela saída de Pedro Parente. No entanto, após a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que declarou ilegal a paralisação, e determinou multas de R$ 2 milhões aos sindicatos, a FUP decidiu sugerir a suspensão do movimento paredista.

- A decisão do TST é claramente para criminalizar e inviabilizar os movimentos sociais e sindicais. Diante disso, a FUP orienta os sindicatos a suspenderem a greve. Um recuo momentâneo e necessário para a construção da greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria. Essa grave violação dos direitos sindicais será amplamente denunciada - disse a entidade em nota.

MOBILIZAÇÃO

O presidente do Sindipetro-Caxias, Simão Zanardi falou com o Capital sobre o movimento e a paralisação. “Os petroleiros e petroleiras de Duque de Caxias estão de parabéns, deram um exemplo de mobilização e mostraram que a união faz a força e toda a diferença para derrubar este governo que se instalou no nosso país desde o golpe de 2016. A organização fora e dentro da fábrica mostrou a Pedro Parente e seu chefe Michell Temer e quadrilha que não podem brincar com o povo brasileiro. Trabalhadores de todo país se mobilizaram e foram  de encontro as intenções desse governo corrupto de sacrificar o povo brasileiro com o aumento dos preços dos combustíveis de forma descontrolada para satisfazer apenas os acionistas, além de entregar o nosso patrimônio, nossas riquezas aos estrangeiros. A greve foi um sucesso e virão mais por aí”, garantiu.

- A sociedade brasileira abraçou os trabalhadores que se mobilizaram para impedir a política de disparada dos preços dos derivados (óleo diesel, gasolina e gás de cozinha). Apesar de termos suspendido a greve por conta do TST, tribunal do capital, com multas milionárias por dia de paralisação, os petroleiros deram um sinal de grande força na mobilização e saíram vitoriosos juntos com os caminhoneiros e a sociedade brasileira.

O sindicalista disse ainda que o Sindipetro Caxias continuará mobilizado. “A queda do Pedro Parente na manhã desta sexta-feira (dia 1º), demonstra que a luta de classe é de suma importância para impedir os ataques às empresas públicas como a Petrobras e também os serviços públicos e sociais ainda estabelecidos no Brasil. A política de Temer é entreguista: tira mais dos pobres e enriquece ainda mais os poderosos. No dia 12 de junho todos os sindicatos, num total de 13, se reunirão para definir os próximos passos para uma greve com parada de produção.”

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