PUC e UFRJ discutem impactos do Arco Metropolitano

Foto: Alberto ElloboUm público de cerca de 50 pessoas, a maioria estudantes universitários, prestigiou o evento ‘II Oficina Local de Arquitetura da Paisagem”, realizado dia 8 no Porto de Itaguaí. O evento foi coordenado por duas universidades - a PUC e a UFRJ - e tinha como objetivo levantar, através de estudos e coleta de informações locais, os impactos positivos e negativos da construção do Arco Rodoviário Metropolitano do Rio de Janeiro, via que servirá como ligação entre as 5 principais rodovias que cortam a Região Metropolitana do estado do Rio de Janeiro, orçada em R$ 800 milhões, em cooperação entre o Governo do Estado e o DNIT. O resultado vai ser publicado em livros, segundo os organizadores do evento. O primeiro deles estará pronto no segundo semestre. O evento foi coordenado pela professora Vera Tângari, da UFRJ.

A Dra Rita Montezuma, professora da Geografia da PUC-Rio, esclareceu que a proximidade do Arco Metropolitano com a Serra do Mar, “é preocupante, principalmente no tocante à ocupação do espaço, pois se mexermos na serra, além da possibilidade de catástrofes provocadas por deslizamentos, o desmatamento atingirá até o fornecimento de água das nascentes para o Rio Guandu, que é hoje o maior fornecedor de água para a Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro”. Ela esclarece, porém, que a oficina não tem como finalidade impedir a ocupação e muito menos atrapalhar o projeto, pois entende a sua importância, mas sim “alertar que a ocupação deve acontecer de forma ordenada e com muita responsabilidade”.