Braskem assina parceria para desenvolver tecnologia de conversão de CO2

Contrato válido por três anos com Università Ca'Foscari Venezia está dentro dos objetivos da petroquímica de investir no desenvolvimento de soluções mais sustentáveis

A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, e a Università Ca’Foscari Venezia, da Itália, anunciam parceria para desenvolver rotas tecnológicas catalíticas com objetivo de converter CO2 em produtos de mais alto valor agregado como carbonatos orgânicos.

A parceria, válida por três anos, prevê que a petroquímica atue no desenvolvimento de tecnologias em escala, em conjunto com a universidade italiana, conduzindo também experimentos em seus próprios laboratórios. 

Os carbonatos orgânicos têm aplicações amplamente estabelecidas em mercados consolidados, mas também podem ser utilizados em outros mercados promissores em ascensão, como eletrólitos para baterias veiculares. Além disso, a tecnologia a ser desenvolvida tem o potencial de reduzir as emissões dos processos químicos, uma vez que utiliza o CO2 previamente capturado das fontes que o emitem, bem como entregar ao mercado um produto com menor pegada de carbono comparado à rota tradicional (base fóssil).

“O projeto é de grande relevância, pois busca contribuir para a descarbonização industrial, aumentando a sustentabilidade dos processos petroquímicos. É um projeto que desenvolverá tecnologia com potencial para incorporar 100% da molécula de CO2 no produto, o que trará maior rendimento e permitirá que este CO2 não seja emitido para a atmosfera”, afirma Gus Hutras, diretor global de Tecnologia de Processos da Braskem.

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“Este projeto de pesquisa conjunta representa um exemplo fantástico de como a pesquisa acadêmica em química verde pode favorecer a colaboração universidade-indústria, além de encontrar empresas dispostas a assumir o desafio de desenvolver novos processos mais limpos e sustentáveis”, afirma Alvise Perosa, professor da Università Ca’Foscari Venezia. “E, neste caso da parceria, não apenas o CO2 será convertido em produtos valiosos, mas será feito por um método mais eficiente em termos de energia e recursos”, finaliza.

A Braskem pretende reduzir em 15% as emissões de gases de    efeito estufa (GEE) até 2030 e atingir a neutralidade de carbono até 2050. Além disso, enxerga a inovação como um pilar estratégico, de modo a estar presente em todas as decisões de investimentos da companhia. E o objetivo deste pilar é a viabilização do processo de transição para uma a economia circular de carbono neutro, com base no desenvolvimento de soluções cada vez mais limpas. "Temos ambição de reduzir significativamente as emissões de CO2 e aumentar a sustentabilidade dos nossos produtos", comenta Hutras.

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