Jornalismo em luto com a perda de uma das repórteres mais respeitadas da Baixada

Cláudia Maria estava com o coração comprometido após contrair a Covid-19

A Baixada Fluminense está triste com a perda de uma de suas mais queridas profissionais do jornalismo. Cláudia Maria Luiz dos Santos, de 57 anos, faleceu na sexta-feira (10/03), em sua residência, em Morro Agudo, Nova Iguaçu, onde morava há décadas.

Seu corpo foi velado na manhã do dia último dia 11 na capela do Cemitério Municipal e sepultado no mesmo dia. Cláudia contraiu a Covid-19 em plena pandemia, quando ainda atuava na assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do Estado do Rio, para onde foi nomeada em 2016. Mesmo recuperada da doença, seu coração ficou comprometido. Ela deixa dois filhos maiores.

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Claudinha, como era conhecida no meio da imprensa, consagrou seu nome como excelente profissional de apuração e era muito querida por sua generosidade e simplicidade. Ela atuou na década de 90 em órgãos da região e teve o auge da carreira na sucursal do jornal “O Dia” na Baixada Fluminense, sediada em Nova Iguaçu, onde trabalhou por cerca de 10 anos consecutivos. Além de jornais, atuou também em emissoras de rádio e órgãos públicos. Lecionava inglês esporadicamente e era também cientista social, formada pela Faculdade Cândido Mendes. Na imprensa, procurava mostrar as belezas da região, porém sem tirar o foco das desigualdades do cotidiano da população.

- A Claudinha era uma pessoa muito doce e seu coração não tinha tamanho - disse Rosângela Degli ao Capital, ela que é especialista em direito educacional e trabalhou ao seu lado por mais de quatro anos como secretária de redação da sucursal do “Jornal de Hoje” em Belford Roxo. “Eu na época ainda não havia me formado e ela me encorajava bastante, me chamava de ‘meu anjinho’. Ela me inspirava muito pela dedicação à profissão e também pelo grande caráter e generosidade com as pessoas que a cercavam”, acrescentou Degli. “Ela de fato amava o próximo como a si mesmo. Vou sentir muita saudade dessa amiga sempre presente e querida por uma grande legião de amigos e colegas de trabalho”, concluiu. (Josué Cardoso)