Candidato afirma que vai buscar justiça na distribuição dos royalties

Nascido e criado na Ilha do Governador, Guilherme Mayer diz que a região fica apenas com o ônus dos dutos da Petrobras e ainda sofre injustiças na cobrança do IPTU

Guilherme Mayer, candidato a deputado estadual pelo Partido Progressista (PP), nasceu no Hospital Paulino Werneck, na Ilha do Governador e, como cidadão, tem uma trajetória em defesa da região. Ele quer que os insulanos recebam a contra partida pela utilização do local pela Petrobras para a passagem de dutos.

Segundo Guilherme, são cinco bairros, (Freguesia, Tauá, Bancários, Praia da Rosa e Moneró) afetados diretamente pela passagem de dutos da Reduc no subsolo, mas que não recebem nenhuma compensação: “os moradores da Ilha estão sobre dutos por onde passam produtos com alto poder de contaminação, com risco ambiental e de segurança, mas não recebem nenhum retorno por isso”.

- Os royalties, assim como toda e qualquer compensação, devem ser aplicados no local afetado. Não existe justiça alguma em explorar uma região e distribuir a compensação para outras – comentou o candidato, que disse que essa será uma de suas bandeiras na Alerj.

Guilherme pondera que a justificativa para o Rio de Janeiro receber uma maior fatia dos royalties é o fato de que, em caso de acidente ambiental o Rio seria o mais prejudicado, e esse raciocínio deve ser utilizado para fazer justiça à Ilha do Governador.

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Sangrando

Mayer também falou da questão do IPTU (Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana) e do ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis): “entendo que são impostos pagos à municipalidade, mas alguém precisa atentar às injustiças cometidas na cobrança do IPTU e do ITBI. Quero visitar as prefeituras, iniciar um movimento por mais justiça junto às Câmaras Municipais, buscar parcerias entre o Governo do Estado e Prefeituras na tratativa desses assuntos”, disse.

Guilherme explica que “não é razoável que áreas sabidamente de risco, dentro ou no entorno de comunidades conflagradas, onde não existe segurança e nem serviços de qualidade, paguem o IPTU como se tivessem algum retorno dele, pois de fato não tem”, e questiona, “onde está a justiça no cálculo do imposto? Como pode o Jardim Guanabara, que está na zona norte, pagar o mesmo IPTU de bairros da Zona Sul do Rio”?  

- O ITBI                 é outro absurdo. Que justificativa tem para aumentar de 2 para 4% no Rio de Janeiro? Se o imóvel valoriza, a arrecadação também aumenta. Vamos investir em segurança e qualidade de vida para valorizar os bairros. O que não pode é sangrar o cidadão que trabalha a vida inteira para comprar o único imóvel - disparou.

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