Rejeição ao transplante renal

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A Doença Renal Crônica (DRC) é uma patologia progressiva e reduz a capacidade do rim de remover os resíduos e o excesso de água do organismo. Pelo fato de não apresentar sintomas de forma precoce, o diagnóstico da DRC, na maior parte das vezes, ocorre já em um momento tardio e leva o paciente para a hemodiálise ou, em casos mais graves, para a necessidade do transplante.

A estimativa é que 10% a 15% dos pacientes desenvolvam algum grau de rejeição do órgão transplantado em até 15 dias após a cirurgia.

Para acelerar a detecção precoce da rejeição do enxerto no caso do transplante renal, está sendo concluída uma pesquisa que promove uma avaliação do AlloSeq, exame que indica a presença do DNA livre de células derivadas dos doadores (dd-cfDNA) no órgão transplantado. A análise é feita no sangue do receptor para indicar a presença de DNA do doador. Quando há uma concentração de DNA do doador maior que a esperada é um indicativo que esteja havendo lesão do órgão doado.

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Ao identificar precocemente a rejeição, é possível orientar melhor o tratamento, indicando a necessidade de aumento de imunossupressão com o propósito de diminuir e até reverter a rejeição e perda do órgão.

Esse teste é um recurso inovador quando comparado com o modelo tradicional disponível hoje, que consiste em fazer dosagem de substâncias presentes no sangue do receptor, na maioria das vezes já em fase avançada de rejeição.

Atualmente somente o hospital do Rim e Hipertensão (H Rim) conveniado a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), está utilizando esse método inovador de detecção de rejeição o que ajuda e muito no diagnóstico precoce e no início da terapia para evitar a rejeição completa do órgão e permitir um sucesso terapêutico pós transplante.