Angra 3 vai tornar o Sudeste menos dependente da energia de outras regiões

A decisão do governo federal de retomar as obras de construção da usina de Angra 3, que terá financiamento de R$ 6,1 bilhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vai tornar a Região Sudeste menos dependente da energia elétrica produzida em outros estados. A avaliação é do superintendente de Gerenciamento de Empreendimento da Eletronuclear, Luiz Manuel Messias, lembrando que a região é suprida primordialmente pela energia produzida por Itaipu e, em parte, também pelas hidroelétricas de Minas Gerais.

- O Rio, como ponta do sistema, obviamente com a entrada de Angra 3 - aliada às usinas de Angra 1 e Angra 2 - terá um reforço que beneficiará também o Sudeste como um todo. Isso propiciará que a gente possa manter a região abastecida também com fontes de energias locais. O que é importante no caso de problemas no Sistema Interligado Nacional e de um efeito cascata que leve a atingir o fornecimento em outras regiões - disse Messias para a Agência Brasil. "Sem sombra de dúvidas Angra 3 será importante tanto no aspecto energético como no elétrico, reduzindo, realmente, os riscos de um apagão", completou.

CONTEÚDO NACIONAL - A participação do conteúdo nacional na Usina de Angra 3 será de 54%, segundo informou o superintendente de gerenciamento de empreendimento da Eletronuclear, Luiz Manuel Messias. Na avaliação do coordenador das obras de construção da terceira unidade nuclear do país, além da importância estratégica para o suprimento energético do país e a continuidade do programa nuclear brasileiro, a retomada das obras de Angra 3 vai alavancar os setores de fornecimento de bens e serviços implementando a indústria nacional. "A gama de fornecimento de conteúdo nacional é extremamente ampla e diversa. Ela passa pela parte de serviços, construção civil (que já está sendo feita por uma construtora local), de serviços de montagem eletromecânica e de engenharia."