Visitas virtuais diminuem a distância entre Hospital de Campanha e as casas dos pacientes

Famílias recebem videochamas para rever, conversar com doentes e acalmar a angústia

A Prefeitura do Rio está usando a tecnologia para humanizar e diminuir a distância entre pessoas internadas com covid-19 no Hospital de Campanha, no Riocentro, e seus familiares. Por meio de tablets e da rede de wi-fi da unidade, são feitas regularmente videochamadas do hospital para as casas das famílias.

A visita virtual é mais uma aliada no tratamento desses pacientes, uma dose de carinho e alento para quem sofre pela separação e pela angústia da doença. Além das chamadas de vídeo, diariamente a equipe de acolhimento familiar faz ligações para passar o boletim médico atualizado dos pacientes.

 As vídeochamadas são esperadas com ansiedade por dona Ângela, que havia 33 anos que não se separava de seu Gilvandro de Sena, 51 anos, segundo paciente a ser internado no Hospital de Campanha, no dia 1º de maio. São elas que encurtam a distância entre a Barra da Tijuca, onde fica o Riocentro, e a casa da família, no Santo Cristo. Além de matar as saudades da esposa, filho e neta, seu Gilvandro também aproveita para receber notícias e ver de seus “filhotes”: a calopsita e a cadela Felícia.  Aguardando os dias em que poderá voltar para casa e para os que ama.

- Esse hospital e as pessoas que trabalham lá foram enviadas por Deus! Me ligam todo dia para dizer como ele está e ainda fazem as chamadas de vídeo. Nós nunca tínhamos nos separado. Desde que nos casamos, essa é a primeira vez que ficamos longe um do outro. É muito difícil! Poder vê-lo pelo celular acalma meu coração -  conta dona Ângela.

As chamadas de vídeo também acalmam Jaqueline, filha de seu Amaro Leocádio a Silva, de 65 anos, primeiro paciente a chegar ao Hospital de Campanha, no dia da inauguração da unidade. Ela mora com os filhos em Rio das Pedras e, com condições de saúde que a incluem no grupo de risco para a covid-19, mal sai de casa. A preocupação pelo estado do pai é acalmada com as ligações diárias para comunicação do boletim médico e, principalmente, com as chamadas de vídeo, quando segurar as lágrimas da emoção fica difícil. Tanto de um lado, quanto de outro.

“Pai, você vai sair dessa logo”, diz ela. “Eu estou melhorando, logo volto pra casa, cuida dos meninos”, responde seu Amaro em mais uma das conversas cheias de emoção.

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