Podemos reduzir a incidência de morte associada a doenças hipertensivas na gravidez?
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As doenças hipertensivas são importantes causas de morbimortalidade maternas ao redor do mundo, contribuindo com aproximadamente 7% das mortes nos EUA.
Em média, metade das mulheres com doenças hipertensivas na gestação permanecem hipertensas em até 2 a 3 meses pós-parto, e quase 10% das mulheres permanecem hipertensas crônicas até um ano após o parto elevando os riscos cardiovasculares, internações e até eventos cardíacos nas mulheres, tais como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).
Alguns procedimentos em relação a gestante hipertensa são importantes:
O atendimento multidisciplinar dessas gestantes (obstetra, cardiologista, nutricionista, entre outros) pode otimizar o tratamento e melhorar o prognóstico cardiovascular futuro dessas mulheres, reduzindo seu risco cardiovascular e de óbito;
O uso de aspirina (81 mg nos EUA - 100 mg o comprimido no Brasil) é importante no período de 12 a 28 semanas nas pacientes de risco cardiovascular para prevenção de doenças hipertensivas graves;
As visitas, consultas, buscas ativas em períodos de no máximo 3 semanas pós parto são importantes;
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Em caso de doença hipertensiva na gravidez, faça sempre um acompanhamento médico com seu cardiologista durante todo o pré natal e por pelo menos 5 anos após o nascimento da criança, para que não haja qualquer risco de complicações ou sequelas inerentes a doença hipertensiva desenvolvida durante a gestação.