As mãos estendidas de Dilma Rousseff

Foto: ABR/DivulgaçãoNos dois primeiros discursos que pronunciou como Presidenta da República, perante o Congresso Nacional e no Parlatório do Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff surpreendeu positivamente o País e o Mundo, ali representado por cerca de 40 Chefes de Estado e de Governo, além de embaixadores de dezenas de Países, ao reconhecer os desafios que terá pela frente nos próximos quatro anos, destacando a universalização da Educação Básica - colocando nas escolas todas as crianças e adolescentes de 6 a 17 anos - bem como reformulando o SUS para que se torne, na prática, um Sistema Único de Saúde digno do nome, além de perseguir a meta de erradicação da pobreza no País.

Para conseguir realizar essa imensurável tarefa, a presidenta Dilma estendeu as mãos aos que votaram em José Serra e Marina Silva, sem pré condições, a começar pela mudança de posição ideológica e política em relação a diversos temas, isto é, sem adesismo fisiológico, mas em torno de projetos viáveis para um País que precisa voltar a crescer a taxas de 7% ao ano, como ocorreu em 2010, mantendo a inflação sob controle e gerando emprego e renda para a grande maioria da população.

Foi um discurso típico de Chefe de Estado consciente da importância da adesão do povo às medidas duras que terá de adotar de imediato, a começar pela contenção de gastos de custeio, elevados às alturas por conta da campanha eleitoral e da ampliação das despesas em diversos setores da economia, como a desoneração do IPI na indústria automobilística, de móveis e da chamada linha branca, a ampliação do programa Bolsa Família, todas sob o carimbo de "urgente" como forma do Brasil escapar, com um mínimo de lesões, da crise financeira internacional que levou ao chão grandes conglomerados financeiros e industriais mundo à fora com o estouro da bolha imobiliária nos EUA e que, agora, provocam manifestações violentas em diversos países da Europa, da América do Sul (Argentina no meio), da Ásia e até da África.

A "marolinha", como o ex presidente Lula se referiu ao fechamento de grandes empresas na América do Norte, na Europa e na Ásia, também fez grandes estragos por aqui, levando grandes grupos a optarem pelas fusões ou aquisições de empresas menores, como ocorreu na área bancária, industrial e até no grande varejo, com a elevação, num primeiro momento, do índice de desemprego formal no País. Algumas medidas que reduziram o impacto da crise no Brasil foram a redução de impostos em setores industriais com extensa rede de fornecedores, como a automobilística, construção civil e de eletroeletrônica, a redução das taxas de juros e a ampliação do empréstimo consignado para os trabalhadores, alargando o mercado interno e dando novo fôlego ao empresariado nacional. Com mais brasileiros comprando, a classe C incorporou milhões de trabalhadores, ampliando a base da pirâmide social e reduzindo o fosso entre as classes C e B, com o consequente resgate da cidadania para aqueles milhões de brasileiros que "estavam fora do mercado consumidor" e inflavam a parte que ficava abaixo da linha da pobreza, segundo os padrões da ONU e de outras instituições mundiais.

Como o ex presidente Lula repetiu dezenas de vezes depois do segundo turno das eleições, agora é com Dilma! E mais de 193 milhões de brasileiros estão apostando o seu futuro nas mãos da "Mãe do PAC"!

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