coluna direito Dra. Gilmara

Mais de 30% da Grande Muralha da China desapareceram

Mais de 30% da Grande Muralha da China desapareceu ao longo do tempo devido as condições meteorológicas adversas e atividades humanas irresponsáveis, como a retirada de tijolos para construção de casas, noticiou nesta segunda-feira (29) a imprensa local estatal. Em alguns trechos, o monumento, considerado patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), encontra-se tão degradado que as estimativas do seu comprimento total, de 21 mil quilômetros (km), estão em cerca de 9 mil quilômetros.

A Grande Muralha, construção da Dinastia Ming, não é uma estrutura única, integrada, mas sim uma construção por seções que se estende por milhares de quilômetros a partir de Shanhaiguan, na Costa Leste de Jiayuguan, atravessando as areias do deserto de Gobi. A construção teve início por volta do século 3 a.C., mas cerca de 6,3 mil quilômetros foram construídos durante a Dinastia Ming, entre 1368 e 1644, incluindo os setores mais visitados ao Norte da capital, Pequim. Desse total, 1.962 quilômetros desapareceram ao longo dos séculos, divulgou a agência AFP citando o jornal Beijing Times.

O turismo e as atividades locais também são fatores que têm contribuído para o desgaste. Os residentes da região de Lulong, no Norte da Província de Hebei, os mais atingidos por dificuldades financeiras, têm o hábito de recorrer aos tijolos da muralha para construírem as suas casas. Somam-se ainda o hábito de retirarem as “placas que contêm inscrições chinesas para venderem por 4,30 euros por peça”, informou a agência citando testemunhos dos residentes, acrescentando que a regulamentação chinesa prevê multas de 5 mil yuan (0,73 euro) para quem praticar semelhantes atos. (Agência Lusa)