coluna direito Dra. Gilmara

Governo líbio pede ajuda para conter o Estado Islâmico

O governo da Líbia reconhecido pela comunidade internacional, pediu ajuda externa contra o avanço do grupo extremista Estado Islâmico no país. As autoridades líbias têm receio de que se repita no país situação semelhante à do Iraque, onde os jihadistas controlam grandes áreas. “As cidades líbias estão sob uma ameaça crescente desse grupo e vai tornar-se difícil combatê-lo, como no Iraque”, disse o primeiro-ministro da Líbia, Abdallah Theni, em entrevista no domingo (31), em Al Baida, no Leste do país. A cidade está localizada entre Tobruk, sede do seu governo, e Darna, onde se refugiou por causa da crescente insegurança.

“Surpreende-nos que a comunidade internacional não tenha tomado uma posição firme face ao que se passa na Líbia”, acrescentou o primeiro-ministro. O chefe do governo voltou a pedir o levantamento do embargo de armas imposto ao país. No final de fevereiro, o governo de Theni já tinha pedido à Organização das Nações Unidas (ONU) o levantamento do embargo. Representantes do Conselho de Segurança pronunciaram-se contrários à reivindicação afirmando terem receio de que as armas alimentem os confrontos em um país em guerra civil desde 2011.

Autoridades em Sirte afirmam que o Estado Islâmico se aliou a simpatizantes do regime de Muammar Kadhafi, deposto em 2011, para ocupar a região. A preocupação com os avanços do Estado Islâmico na Líbia já foi manifestada na semana passada pelo enviado especial da ONU para a Líbia, Bernardino León, responsável pelo processo de paz. (Agência Lusa)