Conversa com a Presidenta

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COLUNA CONVERSA COM A PRESIDENTA 15/08/2011

Maria de Nazaré, doméstica de Ananindeua (PA) - Gostaria que a senhora colocasse mais mamógrafos na rede pública de saúde no estado do Pará.

Presidenta Dilma – Maria, esta questão dos mamógrafos me preocupa muito, pois eles são fundamentais para os exames preventivos. Por isto, o Ministério da Saúde realizou, pela primeira vez, uma vistoria em todos os aparelhos de mamografia credenciados ao Sistema Único de Saúde. Esta foi uma das primeiras ações do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama, que lançamos em março. A conclusão do levantamento foi a de que o número de mamógrafos é suficiente, mas eles estão concentrados nas capitais, têm baixa produtividade e muitos estão inoperantes por falta de profissionais especializados. Já iniciamos parcerias com estados e municípios para recuperar os aparelhos parados por falta de manutenção e capacitar 25 mil técnicos em radiologia até 2015. Nos próximos quatro anos, ampliaremos a oferta do tratamento, com a implantação e atualização tecnológica dos serviços de confirmação diagnóstica, tratamento, quimioterapia e radioterapia. No Pará, o SUS conta com 38 mamógrafos, dos quais 15 estão em Belém. Por isso, vamos instalar novos mamógrafos nos municípios do interior, inclusive com unidades móveis, tanto terrestres quanto fluviais. O câncer tem cura e o diagnóstico precoce é fundamental.

 

CONVERSA COM A PRESIDENTA 26/07/11

Fernando Milani Rosella, 37 anos, produtor cultural de Jaú (SP) - O programa Cultura Viva foi elogiado pela senhora como sendo um dos melhores programas do governo. Contudo, hoje há inadimplência. A senhora pretende manter o programa?

Presidenta Dilma - Fernando, nós vamos manter o programa, que é uma herança muito importante do governo Lula. O Cultura Viva tem como base os Pontos de Cultura, que são núcleos de produção cultural independente, instalados nas periferias das grandes cidades e no interior do Brasil para a promoção da diversidade cultural brasileira. Esses núcleos são mantidos pelas próprias comunidades e apoiados pelo governo federal. Os selecionados pelo Ministério da Cultura (MinC), por meio de editais públicos, recebem subvenções. O objetivo é estimular e fortalecer suas atividades, com a contratação de profissionais e aquisição de equipamentos. Já há mais de 2.700 Pontos de Cultura em todo o país, que envolvem milhares de pessoas em atividades de arte, cultura, educação, cidadania e economia solidária. Em relação aos restos a pagar, que ficaram para este ano, mais de 30% deste valor já foi pago até junho, e o MinC está trabalhando para que o restante seja pago até o fim do ano. A situação está se normalizando. O apoio aos Pontos de Cultura é o reconhecimento de que o povo é não apenas receptor, mas também protagonista, produtor e difusor de cultura e arte. Esses núcleos contribuem de forma significativa para o exercício pleno da cidadania.

 

COLUNA CONVERSA COM A PRESIDENTA 08/08/11

Maria da Glória Souza, 62 anos, aposentada de Fortaleza (CE) - A construção da usina Belo Monte não vai afetar o meio ambiente e os índios daquela região?

Presidenta Dilma – Maria, Belo Monte será um empreendimento fundamental para o desenvolvimento da região e do país, e o reservatório não vai atingir nenhuma das dez terras indígenas da área. Os povos indígenas não serão removidos de suas aldeias. Belo Monte talvez seja o empreendimento que mais se cercou de cuidados em relação às comunidades indígenas e ao meio ambiente. Desde o início, realizamos 38 reuniões de esclarecimentos e de consultas nas aldeias da área, além de quatro audiências públicas na região, que atraíram mais de 8 mil participantes. O resultado foi a reformulação do projeto original. Por exemplo, a área de inundação foi reduzida em aproximadamente 60%. O Estudo de Impacto Ambiental da Usina prevê a implantação de Unidades de Conservação que totalizam 280 mil hectares de florestas. A hidrelétrica terá um canal ou escada de peixes, para não interromper a piracema. Em ações de compensação e mitigação dos impactos socioambientais na região serão investidos R$ 3,2 bilhões. E começamos a implementar o Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu, com orçamento de R$ 500 milhões. O objetivo é levar à região investimentos sociais e de infraestrutura fundamentais para melhorar a qualidade de vida da população local.

 

CONVERSA COM A PRESIDENTA

ANNA LÚCIA VASCONCELLOS, 26 anos, agricultora de Teresópolis (RJ): O que o governo federal fará (ou está fazendo) pelas famílias que perderam tudo com a tragédia que devastou a região serrana?

Presidenta Dilma - Anna, desde o primeiro momento da tragédia, na virada do dia 11 para o dia 12 de janeiro, o governo federal atuou na ajuda às vítimas. Imediatamente, mandamos onze helicópteros e 500 homens das Forças Armadas para auxiliar no socorro. A Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) mobilizou o Grupo de Apoio a Desastre (Gade), que operou em todas as fases, reduzindo a ocorrência de danos e prejuízos. Até o dia 18 de janeiro já tínhamos enviado R$ 100 milhões para o governo estadual e para sete municípios afetados, sobretudo para ações de socorro e assistência. Disponibilizamos também cestas de alimentos, vacinas e ambulâncias do SAMU 192, e estamos apoiando as ações de reconstrução. No começo de junho, foi autorizado o chamamento público para as empresas que apresentarão os projetos destinados à construção de 6.641 moradias. O projeto, com investimentos de R$ 351,2 milhões do governo federal, R$ 278 milhões do governo estadual e R$ 40 milhões da iniciativa privada, prevê também a reconstrução de 97 pontes e a contenção de 66 encostas das áreas afetadas. Vamos inaugurar este ano um Centro de Alerta para Desastres, a cargo do Ministério da Ciência e Tecnologia, e estamos investindo fortemente na melhoria do Sistema Nacional de Defesa Civil.

 

Conversa com a Presidenta 01/08/11

Érika de Andrade Vianna, 35 anos, técnica em contabilidade de Fortaleza (CE) - Presidenta, a internet banda larga a 35 reais será mesmo uma realidade?

 Presidenta Dilma – Sem dúvida, Érika. Em 30 de junho, o governo federal assinou Termos de Compromisso com as empresas de telefonia fixa para a prestação de serviços de internet. Em até 90 dias, elas deverão oferecer internet em alta velocidade por meio de conexões de um megabit por segundo (1 Mbps), a R$ 35,00 por mês (impostos incluídos). As empresas não poderão fazer o que chamamos de "venda casada", que é condicionar esta assinatura de internet à de outros serviços de telecomunicações. E o governo federal vai monitorar a oferta do serviço e o cumprimento do compromisso assinado pelas empresas. A Anatel, que é a agência fiscalizadora da área, vai estabelecer metas de qualidade de conexão, bem como regras de publicidade e transparência. O Ministério das Comunicações prevê que o Plano Nacional de Banda Larga vai trazer outros benefícios aos usuários, pois a competição levará muitas empresas a cobrar menos de R$ 35,00 por mês ou a aumentar a velocidade cobrando o mesmo preço. Estou certa de que conseguiremos aumentar a oferta e diminuir o preço da internet para reduzir ainda mais a desigualdade entre os brasileiros.

 

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