CONVERSA COM A PRESIDENTA 07/04/2014

Concessões são o caminho já iniciado para a modernização dos aeroportos

A modernização dos nossos grandes aeroportos e a ampliação da aviação regional são ações que estamos implementando para ampliar a qualidade dos serviços aeroportuários em nosso País. A necessidade de investir em nossos aeroportos tornou-se mais urgente devido à mudança por que vem passando o Brasil nos últimos anos, que promoveu uma extraordinária ampliação da classe média, permitindo que uma quantidade imensa de pessoas que nunca tinham viajado de avião passasse a fazê-lo. Hoje, este é um meio de transporte do povo brasileiro e, por isso, exigiu, exige e exigirá sempre de nós, um nível de atenção cada vez maior. Viajar de avião não é mais, nem pode ser, um privilégio de poucos brasileiros.

 Ao mesmo tempo, é necessário dotar nossos grandes aeroportos de instalações e infraestrutura condizentes com a posição que ocupamos na economia mundial. Precisamos estar preparados para receber milhões de turistas e para escoar a nossa produção, especialmente a industrial. Foi com esse propósito que iniciamos em 2011 a política de concessões dos grandes aeroportos à iniciativa privada.

Como resposta ao desafio de transformar radicalmente as condições de funcionamento de cada aeroporto, o primeiro passo foi a licitação do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, em 2011, seguida dos aeroportos de Brasília, Viracopos e Guarulhos em São Paulo, em 2012. Nos últimos dez dias, tive a satisfação de estar presente à assinatura dos contratos de concessão dos Aeroportos do Galeão -Tom Jobim, no Rio de Janeiro, e Tancredo Neves, em Confins, Minas Gerais.  Com isso totalizamos até agora a concessão da operação em seis aeroportos.

No solenidade do Galeão, assinalei que esse aeroporto tem o nome de um dos maiores poetas do país, Tom Jobim. E, comovida, lembrei que uma das suas maiores composições, o “Samba do Avião”, estava na mente e no coração dos brasileiros que retornavam à pátria depois de uma ausência forçada, que, para alguns, chegou a durar 21 anos. Síntese perfeita do que é a saudade do Brasil, o samba de Jobim embalava o pouso dos exilados e renovava sua esperança de viver num país melhor. Lembrei também que o movimento de passageiros  no Galeão passou de 9 milhões para 17 milhões de pessoas por ano, entre 2006 e 2013. O crescimento de 10% ao ano significa uma ampliação de demanda muito bem-vinda, mas também uma pressão por oferta de maior qualidade.

            Vem daí a tarefa de transformarmos o Galeão em um aeroporto moderno, eficiente, com um serviço de primeira qualidade, em condições de atender às demandas do Brasil de hoje. Este Brasil que conquistou a democracia, e também promoveu a inclusão social. No Tom Jobim, o valor da concessão é de R$ 29 bilhões, a ser aplicado pelo consórcio que administrará o aeroporto por 25 anos. Depois desse prazo, o aeroporto voltará a pertencer à União. Nesse período, os investimentos do governo federal serão de R$ 7 bilhões.

Ainda ontem testemunhei em Belo Horizonte a assinatura do contrato de concessão de um aeroporto internacional que homenageia outro grande brasileiro - Tancredo Neves. Eminente político, foi sobretudo defensor destemido e intransigente da democracia. O consórcio que administrará o Confins -Tancredo Neves vai investir, em 30 anos, R$ 19 bilhões, dando um grande impulso à modernização do setor. E esse é o objetivo do nosso modelo de concessão.

Para modernizarmos efetivamente o setor aeroportuário brasileiro, há necessidade de outro tipo de investimento: o investimento na aviação regional. Por isso, prevemos investir, numa primeira fase, R$ 7,3 bilhões em 270 aeroportos regionais. Serão investidos R$ 1,7 bilhão na Região Norte, para 67 aeroportos; R$ 2,1 bilhões para 64 aeroportos do Nordeste; R$ 900 milhões para 31 aeroportos no Centro-Oeste; R$ 1,6 bilhão para 65 aeroportos no Sudeste, e R$ 1 bilhão para 43 aeroportos na Região Sul.

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