Rigor na telefonia
- Published in Coluna do Moreira
Já vai longe a época em que vivíamos sem tanta dependência, ou quase nenhuma, da telefonia móvel. Antes, as urgências eram outras. Hoje, o celular passou a ser fundamental para a vida social, pessoal ou profissional de qualquer pessoa. As empresas, a sociedade, ninguém vive mais sem dispor do serviço.
É difícil imaginar o nosso dia a dia sem o telefone móvel. O controle sobre o espaço e o tempo em nossas vidas mudou consideravelmente depois dessa conquista. Aos poucos, fomos deixando de usar o celular apenas para falar e passamos a utilizá-lo também para enviar SMS (mensagens curtas de texto) e nos conectarmos com os diversos serviços disponíveis na internet, entre outras facilidades.
O telefone celular é, sem dúvida, um bem de necessidade estratégica na vida do cidadão. Por isso as telefônicas devem ser controladas com rigor pela Anatel, como a Agência fez, recentemente, ao exigir mudanças nos planos de ação das empresas. A qualidade dos serviços oferecidos pelas telefônicas tem sido deplorável. Elas precisam investir, melhorar suas bases tecnológicas, respeitar os clientes. Quando avaliamos as reclamações que chegam aos sistemas de atendimento ao consumidor vemos que os serviços de telefonia e bancários são os mais criticados.
O fato é que as telefônicas prestam um serviço ruim e ainda reclamam do rigor da regulamentação do sistema, como no caso da instalação de suas antenas. Podemos até examinar se existe um excesso de exigências, mas é preciso haver regulamentação sim. As empresas de telefonia não podem instalar antenas em qualquer lugar, sem estarem de acordo com o uso do solo.
Mas isso não é tudo, quando discutimos os problemas do sistema de telefonia do Brasil. O que se cobra de ICMS sobre os serviços telefônicos em muitos estados é imoral e inadmissível. Da mesma maneira que as empresas, os governos estaduais também não respeitam o cidadão ao cobrarem o imposto com taxas que podem chegar até 30%, custo transferido ao consumidor, transformando um serviço, que já é uma necessidade básica, em um dos mais caros do mundo.