Quem poupa tem

A chegada do fim do ano e, com ele, do 13º salário, é momento de tomada de decisões importantes para as famílias sobre o que fazer com esse dinheiro. Poupar, consumir ou quitar as dívidas? A resposta a essa indagação poderá ser bastante difícil para as que não têm o orçamento sob controle. No entanto, esse período é crítico para todos por estimular o consumo desenfreado, transformando os consumidores em vítimas de verdadeiras armadilhas financeiras.

Não são poucos os que terminam as celebrações de dezembro e as férias tendo provocando um rombo em suas contas capaz de vir a comprometer o orçamento nos meses seguintes. E não só a questão financeira está em jogo, como também a saúde e o sossego de todos os integrantes da família, uma vez que, como alerta o provérbio popular, “casa onde falta pão, todos brigam e ninguém tem razão”.

 

 

Os especialistas em planejamento financeiro argumentam que a prudência é o melhor escudo para evitar os transtornos causados pelas compras realizadas por impulso. E o melhor instrumento para quem pretende agir prudentemente é o planejamento antecipado das compras. Lápis e papel ou uma planilha de computador poderá significar uma economia importante de dinheiro e evitar muita dor de cabeça.

É claro que é possível, em alguns casos, conseguir mais do que evitar aborrecimento e prejuízo. De acordo com o Procon do Rio de Janeiro, o momento agora é favorável para quem pretende renegociar ou quitar suas dívidas, pois as empresas estão mais flexíveis para baixar o débito dos clientes. O consumidor pode obter desconto na taxa de encargos que pode chegar a 50% de isenção.

Nesses casos, o objetivo das empresas continua estritamente comercial. As novas condições de pagamento fazem que o cliente tenha seu limite para compras liberado, de acordo com o valor da dívida renegociada, aumentando as vendas. É por isso que, para começar o ano com um orçamento mais saudável, o consumidor deve evitar voltar a se endividar de novo.

E quem escapar das armadilhas das compras por impulso e do endividamento poderá aumentar a reserva de dinheiro da família poupando o máximo que puder neste fim de ano. A poupança dá ao consumidor a principal vantagem na hora da compra de bens e serviços: o pagamento à vista. E também é o antídoto para se evitar as dívidas ao cobrir os gastos extras e despesas adicionais que certamente vão aparecer no início do 2012.

Os chefes de família, seja o homem ou a mulher, vivem melhor quando o dinheiro é suficiente para cobrir as despesas da casa e para pagar as dívidas contraídas. As famílias que mantém as contas sob controle e ainda conseguem economizar, ainda que seja um pouco, vivem também mais felizes.