Plano para o presente

A melhor maneira de mudar alguma coisa é ter um plano. E para chegarmos a 2050 num país e num mundo mais sustentáveis há duas leituras obrigatórias: o Visão 2050 e o Visão Brasil 2050. O primeiro, produzido pelo Conselho Mundial de Desenvolvimento Sustentável foi lançado em 2010 e traduzido para o português pelo Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). A partir do Visão 2050 eles iniciaram um processo que chamaram de “tropicalização” do documento, buscando com a participação dos governos e da sociedade civil alinhar as metas mundiais à realidade brasileira.

O resultado é surpreendente porque mostra o tamanho do desafio que temos a vencer, organizado em nove pilares, que compreendem desde os valores e o comportamental (envolvendo a educação e a cultura do consumo), passando por desenvolvimento humano; economia; biodiversidade e florestas; agricultura e pecuária; energia e eletricidade; edificações e ambiente construído; mobilidade e materiais e resíduos.

Eles estabelecem as ações que devem ser tomadas até 2020, período que definem como “adolescência turbulenta”, e o que devemos fazer até 2050. Quando eles colocam o primeiro marco em 2020, isso nos mostra que o processo de mudança é agora e que as medidas têm que ser tomadas de imediato para que as consequências lá na frente possam ser melhores. Isso inclui desde a definição de marcos regulatórios, o alinhamento com as políticas nacionais de Mudança do Clima, de Resíduos Sólidos, a mudança do paradigma de consumo, a definição de indicadores que incluam valores de ativos ambientais e sociais na contabilidade de governos e empresas.

Os documentos estão disponíveis nos links http://pt.scribd.com/doc/126236574/Visao-Brasil-2050-Vfinal e http://www.cebds.org.br/media/uploads/pdf-capas-publicacoes-cebds/visao_2050.pdf. Quanto mais pessoas conhecerem e compartilharem, melhor. Boa leitura!